sexta-feira, 24 de maio de 2013

A revolução de João XXIII

Agenda e crónicas

Amanhã, sábado, dia 25, decorre em Lisboa um encontro com o título “Celebrando a revolução de João XXIII”. Promovido pelo Movimento Internacional Nós Somos Igreja – Portugal, o encontro tem o seguinte programa:
15h30 – O mundo inteiro é a minha família: o percurso de João XXIII nos seus testamentos (frei Bento Domingues, O.P.); Contexto histórico da eleição de João XXIII (Irene Flunser Pimentel)
17h – Quem foi João XXIII (frei Mateus Cardoso Peres, O.P.); A importância de João XXIII para a entrada da Igreja na modernidade (Fernanda Henriques).
18h15 – Celebração eucarística

Ambos os painéis são moderados por Alfreda Fonseca; a  iniciativa decorre no Convento de São Domingos de Lisboa (R. João Freitas Branco, 12; metro Alto dos Moinhos).

A propósito do dia de Pentecostes (que se assinalava domingo passado) e de João XXIII, escreveu frei Bento na sua crónica do Público de dia 19, com o título Celebrar a subversão:
No século XX, João XXIII percebeu que sem um concílio ecuménico não haveria aggiornamento possível. Uma igreja, mesmo numerosa, pode tornar-se um ghetto. Fala, mas não vê nem ouve. Exclui.
O mundo não parou em 1965. Para se tornar católica, a Igreja no seu devir na história humana, tem de rever, continuamente, as suas posições. Não pode dizer que não há alternativas. As configurações actuais dos ministérios ordenados, já não correspondem ao que deles se deve exigir, para estarem abertos às surpresas do Espírito de Cristo, que não é exclusivo dos homens. A exigência desta mudança e da reforma da Cúria estão interligadas.

O tema do Pentecostes, que era o dia litúrgico no domingo passado, foi o objecto da crónica de Vítor Gonçalves, na Voz da Verdade, que escreveu uma Carta ao Espírito Santo:

És Espírito de unidade, e bem sabes como inventamos mil muros de separação, e falamos mais de amor e perdão do que vivemos. O que nasce como serviço tantas vezes se transforma em poder, o que nos dizes no coração traduzimos em discursos que nos distanciam. Precisamos da tua comunicabilidade, para não julgar pelas aparências, e sarar as feridas da história. Como ultrapassar o egoísmo que aprisiona e se alimenta de repetições vazias, e comprometermo-nos com a comunhão que só as diferenças acolhidas podem realizar?

(foto: João XXIII; reproduzida daqui)

Sem comentários: