sábado, 15 de dezembro de 2012

Crescimento económico não pode ser à custa da função social do Estado, diz o Papa Bento XVI


 É o Papa Bento XVI quem o diz na mensagem para o Dia Mundial da Paz: “As ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento económico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis e políticos.”
Uma primeira síntese deste importante documento do magistério papal – que nesta edição para 2013 se intitula “Bem-aventurados os obreiros da paz” – está disponível na agência Ecclesia. Mas pode adiantar-se que o Papa aponta como “prioritário o objetivo do acesso ao trabalho para todos”, um dos “direitos e deveres sociais atualmente mais ameaçados” e pede um novo modelo de desenvolvimento e “uma nova visão da economia”, criticando a perspectiva da “maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade”.
O texto integral da mensagem pode ser lido aqui.

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