domingo, 25 de fevereiro de 2018

Alterações climáticas – responsabilidade individual e social


Agenda 


Inundações no rio Sena, em Paris, no final de Janeiro 
(foto © Francisco Marujo)  

Alterações climáticas – responsabilidade individual e social é o tema da Sessão de Estudos promovida pelo Metanoia – Movimento Católico de Profissionais, no próximo sábado, 3 de Março, no Porto, entre as 10h30 e as 18h30.
O encontro, aberto a todos os interessados, decorre na Casa Diocesana de Vilar e conta com a participação dos investigadores e especialistas Carlos Soares Borrego (sobre causas e consequências da responsabilidade humana nas alterações climáticas), Luísa Schmidt (responsabilidade social e novos estilos de vida),
 Lígia Costa Pinto (a economia circular),
 João Paulo Teixeira (reflexos da qualidade ambiental na saúde e bem-estar de populações vulneráveis) e Helena Oliveira Freitas (desafios para os territórios).
Na apresentação da iniciativa, cita-se um parágrafo da Laudato si’, encíclica do Papa Francisco acerca do cuidado da casa comum, para fundamentar a escolha do tema, ao falar da relação entre alterações climáticas, pobreza, justiça e económica e migrações:
As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, económicas, distributivas e políticas, constituindo actualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afectados por fenómenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades económicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de protecção. Por exemplo, as mudanças climáticas dão origem a migrações de animais e vegetais que nem sempre conseguem adaptar-se; e isto, por sua vez, afecta os recursos produtivos dos mais pobres, que são forçados também a emigrar com grande incerteza quanto ao futuro da sua vida e dos seus filhos. É trágico o aumento de emigrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental, que, não sendo reconhecidos como refugiados nas convenções internacionais, carregam o peso da sua vida abandonada sem qualquer tutela normativa. Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reacções diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil.(LS 25)
A iniciativa corresponde à proposta do Metanoia de promover anualmente um dia de reflexão sobre temáticas sociais. A dinâmica da Sessão de Estudos inclui intervenções de especialistas convidados e debate com os participantes. Para mais informações pode consultar-se a página do Metanoia ou escrever para metanoia.se@gmail.com. 

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