segunda-feira, 16 de março de 2015

Frei Bento Domingues: Religião e condenação, e a missa como antidepressivo

Crónicas

Na sua crónica de domingo passado, no Público, frei Bento Domingues escreve sobre Uma religião que condena está condenada:

Os movimentos de leigos e, sobretudo os mais elitistas, que se julgam a verdadeira Igreja, a do futuro, não escapam às interpelações de Bergoglio. Ao caminho “Neocatecumenal” fez-lhe observações muito concretas para as correcções de rumo e de métodos, inscrevendo-o nas igrejas locais, de forma inculturada, vencendo as suas tentativas monopolistas. 
Foi, porém, no encontro de 7 de Março, com o movimento Comunhão e Libertação – que se julgava um modelo de fidelidade a Roma na luta contra todos os desvios do catolicismo pós-conciliar –, que o Papa aproveitou para marcar o primado na moral cristã e fazer a denúncia da substituição da centralidade de Cristo pelo meu método espiritual, o meu caminho espiritual e o meu modo de o implementar. É uma forma de sair do Caminho e ficar com o carisma petrificado numa garrafa de água destilada, de se tornar guias de museu e adoradores de cinzas.
(texto completo aqui; o texto do discurso do Papa a que se faz referência já pode ser lido em português aqui)


Na semana anterior, a crónica tinha sido sobre A missa como antidepressivo:

Não estou a defender missas engraçadas nem missas desgraçadas. São ambas depressivas. A graçola não é a melhor linguagem litúrgica, embora não caia o Carmo e a Trindade se, numa celebração, escorregar alguma expressão que não agrade a todos os ouvidos. As comunidades não podem nem devem adoptar todas o mesmo padrão. Seria negar as exigências da inculturação litúrgica. Não vejo mal nenhum em que os católicos, quando isso é possível, possam escolher as celebrações que sejam, para eles, as mais significativas e estimulantes. Todas, porém, devem ser suficientemente abertas para não negarem a sua essência cristã: serem família com quem não é da família. 
(texto completo aqui)


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