sábado, 12 de abril de 2014

Domingo de Ramos, o Papa Francisco e o 25 de Abril

Crónicas

Sob o título Até ao fim, Vítor Gonçalves escreve na Voz da Verdade, a propósito da liturgia católica deste Domingo de Ramos:

As negações de Pedro revelam a sua e a nossa fragilidade. Como é difícil não ceder à revolta e projectar caminhos mais fáceis de salvação! E apesar dos “nãos”, sabemos como Pedro e nós amamos Jesus. E como Pedro nos é oferecida a oportunidade de manifestar esse amor, de não nos fecharmos na culpa. Por isso, viver por dentro estes dias, é sempre aprender que é possível amar mais e melhor. Que o fim torna-se princípio, e convida a um passo mais largo. Que todos os caminhos de paixão se fazem com outros, e com Jesus, que naquela Páscoa começou a inventar tantos modos de se fazer presente! Que “até ao fim” nos é dado viver?
(crónica integral aqui)

No DN de hoje, Anselmo Borges escreve sobre Francisco e o 25 de Abril. No texto, resume a entrevista de há dias dada pelo Papa a quatro jovens belgas (aqui uma notícia em português e aqui um vídeo, em flamengo, inglês e italiano) e fala do balanço que Potugal deve fazer do 25 de Abril:

Há uma herança indiscutivelmente imensa e positiva do 25 de Abril. A democracia, as liberdades, os direitos humanos, erradicação do analfabetismo, algum desenvolvimento, uma nova consciência de cidadania... são bens inestimáveis. Mas muita coisa correu mal, de tal modo que a gente pergunta como é que, tendo podido fundar um país moderno, se está onde nos encontramos. (...)
Será preciso parar. Para pensar - do latim, pensare: pesar razões, também em conexão o penso para cura das feridas. Para confessar os erros e aprender com eles: é espantosa a "inocência" de comentadores que falam como se a maioria não tivesse estado no poder.
E a Igreja oficial precisa, tornando-se verdadeiramente livre, acima de interesses e partidos, de ser mais interventiva enquanto voz político-moral, iluminada e iluminante.
(crónica integral aqui)

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